O que uma criança autista narra para a terapeuta? O que uma cultura narra para uma antropóloga? O que a História do ser humano narra para uma filósofa? O que o corpo do paciente narra para uma cinesiologista? O que pode ser para uma cineasta a narrativa no cinema? E para uma educadora musical, o que pode ser a narrativa na música das crianças?
O foco do Boca do Céu 2010 é a discussão sobre a importância das narrativas como parte de vários tipos de experiência de conhecimento humano.
A função principal desse Encontro, desde que aconteceu pela primeira vez em 2001 no Sesc Vila Mariana, é propiciar diferentes situações de contato com a arte da narração que possam ser inspiradoras de ações educativas, culturais, sociais e estéticas.
As atividades do Boca do Céu sempre foram pensadas com base nos eixos da Proposta Triangular para o Ensino e Aprendizagem da Arte formulada por Ana Mae Barbosa: produção, leitura e contextualização da arte.
Porque afinal, como em todas as outras artes, a gente pode aprender a contar histórias contando, escutando alguém contar e pesquisando os diferentes contextos que envolvem essa manifestação artística tão antiga.
Por isso, cada conjunto de atividades do Boca do Céu foi nomeado com uma metáfora, para instigar os participantes à busca e ao encontro de algo valioso.
E o desenho ficou assim:
A caminho do tesouro: aprender a contar. Atividades de produção: Oficinas.
O tesouro: aprender a escutar. Atividades de leitura e escuta: Narrações de contos.
O mapa do tesouro: aprender a pesquisar. Atividades de contextualização da arte narrativa: Debates, Palestras e Relatos de experiências.
Convidamos a todos para virem até a Oficina Oswald de Andrade com sua bagagem, seu passaporte nacional ou internacional, 7 pares de sapatos para gastar até a última sola e, muito importante: não se esqueçam de desligar os celulares.
Sejam bem-vindos ao Boca do Céu!
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